sábado, 2 de junho de 2012

Desfiles 2012 - Mocidade Independente de Padre Miguel


Mais uma vez a Mocidade não conseguiu a sonhada volta ao desfile das campeãs. Apesar do bom desfile e de estar plasticamente muito bonita, novamente ficou na parte de baixo da classificação, em um ano onde apostou em muitas mudanças e contratações de peso. Alguns problemas técnicos prejudicaram a apresentação da verde e branca, como o defeito do abre-alas e o samba, que acabou não rendendo e prejudicou outros quesitos. Em um ano de desfiles nivelados por baixo, os detalhes fizeram com que a estrela da Mocidade ainda não brilhasse.

COMISSÃO DE FRENTE: A ideia da assinatura de Portinari foi original e interessante, sendo o único ponto impactante da apresentação. Com coreografia simples, não chamou atenção. O grande tripé que acompanhava os dançarinos não se justificou. As fantasias e a concepção eram muito parecidas com a comissão da Ilha do ano passado.

MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA: Faltou energia e empolgação na apresentação. Passaram a ideia de muita cautela para não cometerem erros. Bailado suave demais.

SAMBA-ENREDO: Um excelente samba que não rendeu. A cadência lenta demais fez com que se arrastasse, tornando sua execução sonolenta. Não contagiou, não explodiu. Apesar disso, uma letra linda e muito poética e boas variações melódicas.

ALEGORIAS E ADEREÇOS: A escola veio muito bonita, com alegorias bem feitas. O abre-alas tinha a mesma concepção do da Renascer, todo branco e com luzes que mudavam de cor. O sexto carro, de Dom Quixote, foi todo pintado com giz de cera, produzindo um efeito muito interessante. O último carro, dos murais "Guerra" e "Paz", também estava muito bonito, apesar da ordem das esculturas ficar melhor se fossem trocadas. O carro traz a temática da paz na frente e da guerra atrás, o que fez com que a última imagem do desfile fossem caveiras e foices. Ao contrário seria de mais bom gosto. 

FANTASIAS: Muito bonitas e luxuosas na maior parte do desfile. Seguindo a boa plástica dos carros, a Mocidade também veio bem vestida. Algumas geraram um pouco de poluição visual por serem coloridas demais.

CONJUNTO: Como dito no quesito "Fantasias", a escola veio com muitas cores em alguns setores, o que causou uma certa poluição visual. Em outros o conjunto foi harmonioso, como no quinto setor, mais pesado e escuro, que produziu um contraste interessante. Os problemas com os carros na dispersão fez com que a escola corresse no fim, prejudicando o andamento do desfile. O samba arrastado fez com que a apresentação da Mocidade perdesse um pouco a empolgação.

HARMONIA: A maioria das alas cantou, apesar de um ou outro componente passar calado. A cadência do samba não auxiliou o canto.

EVOLUÇÃO: Prejudicada pela correria no fim e, mais uma vez, pelo arrastamento do samba. 

ENREDO: A história de Portinari e suas principais obras foram bem contadas e representadas. A ideia do pincel e das cores foi explorada demais, sobretudo no início. 

BATERIA: Muito boa, com diversas paradinhas muito bem executadas. Fantasia bonita, apesar de mais uma vez mostrar o conceito das cores, e de fácil movimentação para os ritmistas. Os canhões de papel picado, apesar de não influenciarem na avaliação, serviram para levantar o público.

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