quinta-feira, 17 de junho de 2010

Sinopses 2011 - Beija-Flor de Nilópolis



Me leva meu sonho em viagem, por uma estrada colorida, onde o tempo pede passagem e carrega, em sua bagagem, as lembranças que eu trago da vida.

E lá vou eu, bem longe, além do horizonte, vivendo esse momento lindo, a reconstruir meu castelo de sonhos entre emoções, como quem chora sorrindo.

Olha dentro dos meus olhos e vê quanta lembrança que na distância do tempo guardei. Ah! Como o tempo passa, é como se o trem que me trouxe, voltasse e dissipasse a fumaça, e eu então retornasse pras coisas que eu deixei.

Meu pequeno Cachoeiro, essas terras entre as serras, doce terra onde eu nasci, te confesso, você é a saudade que eu gosto de ter, e que mora pra sempre em mim; é como sentir você bem perto, é como estar desperto pra ver tudo igual como era antes, que nada se modificou, e ouvir de novo as águas cantantes do meu Itapemirim.

E é assim que o pensamento voa, vagueia assim, à toa, e até parece que eu voltei... Voltei a ser criança, a ser "Zunga" outra vez. Ah! Sentimento bem vindo... Vejo o meu cachorro me sorrir latindo, estou em frente ao portão, eu voltei, pra viver o sonho mais bonito que um dia alguém já sonhou, e sentir que o sol que atravessa essa estrada jamais se apagou.

Me vejo menino, correndo aos braços de minha mãe, pro seu abraço, e no carinho e afago, me envolver num laço, e adormecer, como sempre eu fazia. Olhar meu pai, e seus cabelos brancos, seu rosto marcado, à disfarçar o cansaço com um sorriso franco das verdades da vida e ouvir as suas histórias, lições que me fizeram crescer e, do jeito simples à esconder as dificuldades, tentando encher minha vida de fantasia ao enfeitar as coisas que eu via.

Ah! Quem dera... Poder fazer desse tempo, uma eterna primavera, desabrochar em flor pra sempre, o flamboyant no meu quintal, e deitar à sua sombra, e sentir aquela brisa mansa, que sopra enquanto lança o perfume do laranjal.

Vai e vem na minha mente, esse vento do tempo, e traz as ondas do rádio que um dia me embalaram ao som de tangos e boleros, velhos tempos... Belos dias... Onde o meu sonho crescia nas cordas de um violão. Hoje relembro e refaço aquela despedida, nas lágrimas soltas na estação, a partir na promessa de uma volta, como todos que um dia se vão e assim, na lembrança, colar os cacos do meu coração, me redimir e repartir essa dor e a saudade, nos versos de uma canção.

Assim, como naquele dia, eu me vejo, com aqueles olhos tristes, porém cheios de esperança, buscando encontrar à sorte, todas as coisas que um dia eu sonhei pra mim, e me deixo levar em ritmo de aventura, nas batidas do meu coração, igual a quando aqui cheguei, nesse Rio de Janeiro, no seu abraço aberto, hospitaleiro, na transviada inquietude daquela louca juventude, que andava na contra-mão.

Até parece que foi ontem... Aquelas tardes de domingo, de guitarras eletrizantes, que ecoavam como o ronco barulhento dos carangos, incendiando a multidão; era um ritmo alucinante e quente, o rock in roll envolvente, uma brasa a aquecer meu coração... E eu que sempre fui tão inconstante, te juro, bicho, me rendi àquela paixão...

E não adianta nem tentar esquecer, o que durante muito tempo em minha vida passou a viver... Eu me lembro com detalhes, a velha calça desbotada, a jaqueta encouraçada e a brilhantina no cabelo. Meu mundo girava no vinil da vitrola, vivia voando no meu carro, à 120 por hora, a velocidade andava junto a mim, e sem saber quando, nem pra onde, me levava ao espaço, como "Sputnik" pelo ar.

Nas curvas e esquinas da vida, encontrei amigos, parceiros da mesma viagem, e seguimos juntos a mesma estrada, como bons companheiros, amigos de fé, irmãos camaradas, que eu não esqueço jamais. Aquele era o meu momento, nascia um novo tempo, agitando o mundo ao som do Iê Iê Iê, e com ele, um movimento: a Jovem Guarda, que assim, como do nada, me coroou o seu rei.

E eu então, me perguntava:

- Que rei sou eu?

Que rei que nada... Eu sou terrível! Um lobo mau, um negro gato de arrepiar, talvez um gênio... Nem pensar! Basta ver os erros do meu português ruim...

Avancei sinais, vivi em festas de arromba e, pra conquistar garotas, dispensei meu cadilac, me rendi à um calhambeque, fui o bom no Splish Splash dos beijos roubados no cinema, de garotas papo firme, namoradinhas dos amigos e dos brotos no portão... Foi quando me lembrei do passado, do romântico apaixonado que eu era, do meu velho violão, e da simplicidade de dizer 'Eu Te Amo' com a voz do coração.

Assim então, assumi meu reinado e proclamei, como um brado à esquecer a tristeza e ter a certeza de que a felicidade um dia vem, que daqui pra frente, tudo vai ser diferente, e que eu quero que vá tudo... Tudo pra quem ama com ternura, tudo, pra tudo que se quer bem.
Eh!.. Esse mundo dá voltas... E, numa delas, lá ia eu e meu sonho viver, era uma força estranha, uma voz tamanha que me levava a cantar, a atravessar fronteiras, a romper barreiras, 'parlando' italiano a 'Canzone Per Te'; e foi assim, de mansinho, que San Remo todinho, viu e ouviu o amor vencer.

Senti então, que esse amor fala uma só linguagem, e faz o sonho acontecer... E assim, contei histórias de romances, de amadas e amantes, o amor infinito, puro, sem medida, incontido; sentimento sem dia, sem hora ou lugar pra nascer, o que não sai de moda, é moderno, mesmo que seja à moda antiga, é eterno, um constante amanhecer.
E assim, afaguei em meus versos, mil mulheres, enxergando a beleza de todas as formas e proporções, foram tantas, foram todas, tantas rimas, em tantas canções.

Desvendei caminhos, procurei atalhos, como a abelha necessita de uma flor e na sede de amor, bebi das paixões desenfreadas, por metáforas descrevi o côncavo e o convexo, o sexo como cavalgada. Me vi em desalinho, a fazer ninho nos lençóis macios, a deixar marcas sem me importar com a desordem de tanto amar, entre os botões que se desatam e se abrem em braços que se abraçam e se enlaçam no céu do êxtase, mudando estrelas de lugar.
E então, desse infinito universo de prazer, me abastecendo de brasilidade, viajei na verdade da vida do meu povo, de cada palmo desse chão; no dia-a-dia da cidade, na lida pra ganhar o pão.

Fiz da canção a passageira no táxi das nossas ruas; no campo foi ela a companheira, tangendo em moda de viola, nas veredas desse sertão, e fui presente na saudade que roda e rola no coração disparado, no pára-choque estampado, todo dia nessa estrada, a contar horas de ansiedade na boleia de um caminhão.

Fiz da minha voz, um grito de alerta à consciência dos seres humanos a zelar pela natureza, e usei a poesia em defesa do céu, da Terra e do mar; fiz chegar àqueles que estão surdos, a mensagem, que o progresso, às vezes absurdo, tantos males nos traz, e que é preciso saber viver, que a razão precisa entender enquanto há tempo e passar a seguir o exemplo: ser civilizado como os animais.
É meu irmão, nessa vida são idas e vindas que me levam na brisa do vento, no fluxo das marés em movimento, à algum lugar bonito e tranqüilo pra gente se amar, pois de que vale o paraíso sem amor?... E continua a viagem e mergulho livre num oceano de desejos, a singrar ondas de emoções, a flutuar num mar de rosas, como navegante dos sentimentos, comandante de tantos corações.

E por fim, essa fé que me faz otimista demais, me fez subir a montanha, à dispor do alto, minha voz à voz de Deus, a fazer do meu cantar, uma oração para a humanidade, a descobrir no verbo, a sua essência e sua verdade, a tornar-me um instrumento mensageiro de paz e de boa vontade.
Não, eu não sou rei... Mas acho que me tornei amigo do Rei, o Rei dos reis, esse ser de luz, a claridade que faz com a sua simplicidade, a força que me conduz.

São tantas emoções já vividas, detalhes de uma vida, histórias que eu contei aqui. E se hoje você me faz seu enredo, é talvez, a maior das emoções dessa minha vida, a qual, com palavras, não sei dizer, mas quero sim, abrir meus braços num abraço e em suas asas, Beija-Flor, me entregar e agradecer, e assim poder definir com singeleza, como é grande o meu amor por você!

E se não há nada pra comparar, deixa o seu samba explicar, esse puro sentimento, que só o coração pode falar. Agora eu sei o que é ter um milhão de amigos e bem mais forte poder cantar...

Canta Beija-Flor! Pois seu canto acenderá ainda mais essa chama, essa aura azul e branca que te encanta, que te dá força, fé e esperança, que ilumina o sorriso de suas crianças, anjos de guarda da sua herança, essa luz que cobre como um manto essas "nossas senhoras", Marias, mães baianas do samba.

Que os céus as abençoem, e que derramem por todo o seu povo essa luz que do amor emana e inflama o mundo através da nação nilopolitana, uma luz divina e que assim se traduz: Uma luz que nos une e se funde numa só luz, que nos traz a simplicidade e a paz do verdadeiro Rei, a paz do Nosso Rei Jesus.

Sinopses 2011 - Imperatriz Leopoldinense



Carnavalesco: Max Lopes
Pesquisa e texto: Emanoel Campos Filho e Gabriel Haddad

Uma viagem pelo tempo, leva a Imperatriz a passear pela história da Medicina, conhecendo a sua origem e o seu desenvolvimento. A arte de salvar vidas deve ter sua importância enaltecida e merece essa grande homenagem oferecida pelos leopoldinenses. Deixe o tempo te levar...

Desperta a Velha África. Desperta do solo africano o poder de curar.
Nos primórdios de sua existência, o homem encontrava na caça de animais e na coleta de espécies vegetais, os meios para sua sobrevivência. Nômade por excelência, nutriu-se dos elementos naturais encontrados para exercer o poder da cura. Praticava rituais que buscavam o autoconhecimento e o equilíbrio do ser, através das manifestações da natureza e da compreensão de seus fenômenos.

Os sacerdotes africanos, primeiros praticantes da mágica arte da cura, evocavam a sabedoria da mãe-natureza para aprender o perfeito modo de utilização das plantas, raízes e ervas medicinais.

Batidas de tambor. Danças. Ervas. Curandeiros. Uma viagem espiritual ao encontro das formas de proteção e controle do corpo. A cura estava diretamente ligada à magia e à crença na força dos poderes da natureza e seus elementos.

Com o passar do tempo, diversas outras civilizações pelo mundo passaram a desenvolver seus próprios pensamentos médicos. Dentre elas, pode-se citar os hindus, fundadores da Ayurveda (Ciência da Vida); os semitas em geral, que acreditavam na noção de que a doença era um castigo divino; os mesopotâmios que viam uma relação entre a movimentação dos astros, a mudança das estações e as doenças; os chineses, através de sua medicina tradicional que se baseava na cura por plantas e outros elementos naturais; e, principalmente, os egípcios.

O esplendor da civilização do Egito Antigo trouxe a evolução do conhecimento de diversos procedimentos médicos, o uso de numerosas drogas e a realização de pequenas cirurgias, além da técnica da mumificação, marcando a história da arte de curar.

Um traço comum entre essas sociedades citadas é a profunda relação entre a religião e a prática da cura. Seus povos, diferentemente do homem pré-histórico, acreditavam na existência de deuses superiores aos homens, que seriam os verdadeiros responsáveis pela saúde e pela doença. Os deuses, não só eram os detentores do poder de curar e dos conhecimentos médicos, mas também respondiam pelo desequilíbrio do corpo humano e pelo envio das doenças e enfermidades.

A cura mítica ainda era a base da crença do povo da Antiguidade. A magia e a religião se enlaçavam e influenciavam a prática médica.

O povo da Grande Grécia, inicialmente, sustentava suas crenças em sua mitologia, na qual os poderosos deuses influenciavam a vida e a morte, tendo o poder de curar ou provocar doenças. Os gregos acreditavam que a doença era um severo castigo dos céus, enquanto a cura, uma benção divina. Nos templos de Asclépio, Deus grego da Medicina, se realizavam rituais para curar, englobando banhos e poções para relaxar e adormecer, já que a cura deveria vir com os sonhos, durante o sono do enfermo.

Com o desenvolvimento do valor humanístico na Grécia, a prática da cura tomou um caráter racional, empregado principalmente por Pitágoras, o que possibilitou o surgimento de uma medicina verdadeiramente científica. Hipócrates, o pai da medicina, desenvolveu métodos que se baseavam na filosofia, no raciocínio e na lógica, idealizando um modelo ético e humanista da prática médica.

A objetividade e a precisão se tornaram elementos imprescindíveis para o diagnóstico das enfermidades, sendo necessária a separação da Medicina da noção religiosa. Os estudos realizados pelos médicos passaram a substituir a fervorosa crença nos deuses e na cura pela magia pela observação empírica de seus pacientes.

Com o início do período da Idade Média, a ciência médica, assim como a vida humana, passou a ser dominada pela Igreja Católica. Esta, abafou o desenvolvimento científico e filosófico, trazendo tempos de trevas e pouca evolução para a Medicina. O conhecimento era restrito ao ambiente católico, tendo os monges como principais pensadores, que deveriam basear seus estudos na fé e na salvação da alma, ao invés da evolução científica. Para a Igreja Católica, o corpo do homem era intocável à dissecação, pois este representava o corpo de Cristo, considerando o estudo de anatomia algo pagão e inumano.

A desprezível falta de noção higiênica da sociedade medieval possibilitava a proliferação de diversas doenças, que se tornavam verdadeiras epidemias.A peste negra aterrorizou a população européia e assolou o continente, deixando fortes marcas em seu chão.

Da escuridão, renasce a esperança com surgimento de movimento humanista, no qual era centrado o Renascimento europeu. Um novo jeito de pensar. Uma nova mentalidade. O homem é o centro do universo. Em total contraponto à era medieval, o período renascentista trouxe diversos avanços e descobertas científicas para a Medicina. As universidades passaram a se distanciar das bases religiosas e dos credos eclesiásticos, focando nos estudos de anatomia e fisiologia, muito pesquisados por Leonardo da Vinci (pai da anatomia), Versalius e Michelangelo.

Brilha. Reluz o século das luzes. Com o advento do Iluminismo, correntes filosóficas surgem na Medicina, enfatizando o uso da razão e da ciência para explicar o universo. Um grande desenvolvimento das especialidades médicas, como a Cardiologia, a Obstetrícia e a Pediatria tiveram um grande desenvolvimento, apresentando novos caminhos para a evolução da medicina moderna. A criação do microscópio, do termo célula, da homeopatia, além das diversas descobertas na física, química e outras áreas, foram importantes acontecimentos iluministas, que possibilitaram o progresso da Medicina em geral.

Todas as evoluções demonstradas nos períodos anteriores se tornaram base para o grande desenvolvimento que a Medicina contemporânea apresentou e continua a nos apresentar. Sua evolução é constante e surpreendente. A imunização preventiva, a descoberta do raio X, a descoberta de novos medicamentos, e a cirurgia plástica são frutos deste esforço da Ciência Médica. Apesar dos debates éticos trazidos pela sociedade civil, os estudos de genética e células artificiais trazem esperança para a criação de novos remédios e vacinas preventivas. Além disso, a evolução dos estudos do DNA, traz os segredos da "Chave da Vida", possibilitando o desenvolvimento de pesquisas relativas à clonagem.

A Medicina e a arte de curar estão sempre em evolução. O estudo e as pesquisas são extremamente necessários para que a construção de novas técnicas de cura, ou novas formas de prevenção a doenças, surjam.

Povo do Brasil, povo carioca, de bem com a vida, feliz e festeiro, vai buscar no carnaval e no samba a sua felicidade e a cura para os seus problemas. O brasileiro encontra o seu bem-estar ao vestir a sua fantasia e passar pela passarela da imaginação, ao ouvir a batucada da bateria, ao sentir o pulsar do surdo como se fosse o seu próprio coração, ao ouvir a melodia do cavaquinho, ...

O povo quer sambar, quer encontrar uma forma de esquecer os seus problemas.

Sai pra lá, dengue! Sai pra lá gripe suína!

O que resta a este povo guerreiro é a felicidade. Rio de Janeiro, palco do maior carnaval do mundo. Venha para cá e encontre no samba a cura para a sua dor.

Deixe o prazer do samba e do carnaval dominarem seu corpo. Com o prazer que sentimos, nosso corpo libera uma substância chamada endorfina. Esse hormônio, ao ser liberado, viaja pelo nosso organismo, oferecendo uma sensação de bem-estar, conforto, tranquilidade e felicidade.

Sinta o "hormônio da alegria" correr e alivie a sua dor sambando. O samba também faz bem para o corpo e para a mente.

Além disso, devemos reconhecer os grandes esforços dos médicos brasileiros, que tentaram, de diversas formas, trazer saúde ao nosso povo e conhecimentos para a evolução de novas técnicas médicas. Oswaldo Cruz. Carlos Chagas. Vital Brazil. Ivo Pitanguy. E muitos outros.

Parabéns médicos brasileiros! Parabéns médicos de todo o mundo!

Não perdendo o espírito carnavalesco, podemos afirmar que, mesmo com toda a evolução que a Medicina tem nos apresentado e com todo o seu desenvolvimento, de acordo com a letra da marchinha dos antigos carnavais, ainda está pra nascer o doutor que cure a dor de cotovelo.

"Penicilina cura até defunto
Petróleo bruto faz nascer cabelo
Mas ainda está pra nascer, O doutor
Que cure a dor de cotovelo"
Marchinha de Klécus Caldas e Armando Cavalcanti

Sambista, esqueça a dor! Vista a fantasia e caia na folia com a Imperatriz!
Sambar faz bem à saúde!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Sinopses 2011 - União de Jacarepaguá



Justificativa

Entre as elaborações culturais que resultaram em símbolos nacionais, a origem da feijoada apresenta características bastante singulares. Primeiro porque, desde o período colonial, o feijão preto, que já era conhecido pelos indígenas, unia senhores e escravos em um mesmo costume. Desta forma, ao atravessar verticalmente a estrutura social, o uso do feijão para reelaborar as influências externas e possibilitar o surgimento da feijoada tornou-se quase uma conseqüência natural. Em segundo lugar, a história deste prato é um desafio às crenças do povo e a alguns mitos profundamente enraizados no conhecimento popular.

No entanto, independentemente dele ter surgido nas senzalas ou, como dizem os historiadores, nos restaurantes do século XIX, como o famoso G.Lobo, o importante é que a receita da boa feijoada, hoje conhecida por todos, caiu nas graças do povo, especialmente da população afro-brasileira.

É importante relativizar o peso da História para as ações do presente. Além dos importantes estudos que buscam as origens no passado, existe uma parcela significativa da população para quem a feijoada está empiricamente presente no dia-a-dia, como parte de seus rituais e momentos festivos. As importantes pesquisas históricas, apesar de sua inquestionável relevância, jamais apagarão o simbolismo da feijoada para a população afro-brasileira, pois o reconhecimento coletivo não precisa de uma origem real, concreta e teoricamente fundamentada. Basta, simplesmente, sentar em volta de uma mesa e, de preferência ouvindo um bom samba, compartilhar o alimento e acreditar em uma história comum, mesmo que ela seja apenas presumida.


Sinopse

O cheiro da feijoada se espalha pelo ar. O tan-tan e o pandeiro já estão preparados, aguardando as mãos do alegre ritmista. A roda de samba vai começar. Como bom carioca, sou sambista e trago a brasilidade não apenas em minha pele mulata, mas também no paladar. Tudo começou com o feijão, o bom feijão preto. Ele é natural daqui mesmo, da América do Sul, e já fazia parte da dieta alimentar de nossos indígenas. Quando os europeus chegaram, trazendo pelas correntes nossos ancestrais africanos, fizeram do feijão, cuja colheita era realizada principalmente pelas mulheres, um alimento comum a todos os grupos sociais. Da casa grande aos porões das senzalas, ricos e pobres, senhores e escravos, todos o saboreavam. Sim, os senhores também. Apesar de não gozar, digamos, de um status social muito elevado, na privacidade dos lares eles não dispensavam o delicioso feijão preto. Este hábito, que atravessava as profundas desigualdades sociais do Brasil colônia, foi fundamental para que a feijoada surgisse e se tornasse um símbolo nacional.

No entanto, dizem os historiadores que a feijoada não surgiu nas senzalas, como geralmente a gente aprende, mas nos restaurantes do século XIX. Ela seria uma reelaboração de influências estrangeiras, sobretudo o cassoulet, francês, e o tradicional cozido português. As transformações do Rio de janeiro neste período, principalmente com a chegada da Família Real portuguesa e sua gigantesca Corte, motivaram mudanças de hábitos e costumes. As ruas da cidade se tornaram um grande caldeirão cultural que fervilhava, preparando, com o nosso conhecido feijão preto e uma pitada de criatividade brasileira, as influências externas. Surgia a feijoada carioca, que, aos poucos, foi se popularizando e ganhando espaço nos restaurantes, sendo noticiada nos principais jornais da época. A receita definitiva foi ganhando forma com o passar dos anos, se consolidando no antigo restaurante Lobo, ou G.Lobo, como os boêmios preferiam chamar, importante ponto de encontro de estudantes e intelectuais que não gozavam de poder aquisitivo elevado. Com as obras de alargamento da rua Uruguaiana o "Globo dos pobretões", como era popularmente chamado, desapareceu, mas a receita já havia se espalhado.

Hoje todo mundo sabe os ingredientes para uma boa feijoada. O feijão tem que ser o nosso pretinho mesmo. Xô, fradinho, ninguém te quer! Não somos racistas, mas feijão branco não entra. Do porco tudo se aproveita. Ao lado do feijão, ele é a grande estrela desta festa! Para comer sem o peso de estar engordando, pelo menos o peso na consciência, a sabedoria popular diz que basta acrescentar uma laranja que ela corta os efeitos da gordura. Ninguém tem mais desculpa! Tem o arroz e a couve, verde e branco como o pavilhão da minha escola, que não podem faltar. Tem também, não podemos esquecer, a caipirinha, esta incomparável mistura nacional que sempre acompanha as melhores feijoadas. Os gringos adoram. A feijoada se tornou produto de exportação. Sua fama corre o mundo e atrai a atenção de turistas ávidos para experimentarem o sabor de nossa terra.

Os historiadores nos dizem muita coisa. O que eles não conseguem explicar é o sentimento do povo, e, como diz o ditado, a "voz do povo é a voz de Deus". A população afro-brasileira tem a feijoada como um dos seus símbolos, a utiliza como parte de seus rituais e momentos festivos, e nada mudará este fato. Ela está na exaltação de nossa consciência, que mantém viva a chama de Zumbi. Está em nossas homenagens aos pretos velhos. Está em nossos terreiros de devoção a Ogum guerreiro. Desde as festas nos quintais de Tia Ciata, é preparada pelas tias do samba, verdadeiras matriarcas que construíram os pilares da cultura africana no Brasil. A partir de 2003, quando a Portela resolveu reviver as antigas feijoadas de Tia Vicentina, elas entraram para o calendário mensal de praticamente todas as escolas de samba, atraindo cariocas e turistas para as quadras de ensaio. Hoje, sentindo o cheiro que se espalha pelo ar, estamos todos aqui em minha escola, a União de Jacarepaguá, para mais uma animada roda de samba que reúne, sem discriminação, o suburbano e o morador da zona sul. O rico e o pobre, brancos e negros na pele ou na alma, compartilham o mesmo prazer. A feijoada, em suas misturas e temperos, tem sempre a cor do samba. É o melhor sabor brasileiro.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Sinopses 2011 - Inocentes de Belford Roxo



Oi Gentis!

Baseado na emoção, musicalidade, sonhos e irreverências dos meninos de Guarulhos.

Cantaremos e sambaremos através da ótica da alegria...

Irreverentes, os mamonas assassinas manifestaram de forma inovadora uma gama de desejos e pensamentos. Em suas musicas existem características peculiares atentando para pessoas que trabalham e lutam muito na vida, em busca de seu lugar "a sombra" já que o sol nasceu pra todos. Esse é o ponto alto do sucesso deles, já que o povo de um modo abrangente identifica-se com suas letras alegres, envolventes, irreverentes, mas que, ao mesmo tempo, chama atenção para as grandes diferenças com as quais convivemos.

Cantavam de maneira escrachada, debochada e hilária as dores, as carências e os desejos do ser humano. Os rapazes preferiram fazer as pessoas sorrirem ao invés de lamentarem a própria realidade e conseguiram através de suas músicas mostrar o cotidiano real de um povo sofrido, porém perseverante, com uma mistura inteligente de Rock do bom, samba, forró, Have Metal, entre outros.

Eles com genialidade musical conseguiram em suas composições sintetizar características e vivências reais de nosso cotidiano como desejos, ciúmes, traições, preconceitos, raiva, desprezo, abandono, entre outros sentimentos arraigados dentro de cada um de nós.

Uma de suas características era acreditar naquilo que diziam em suas músicas.

Até hoje há uma mágica e um enorme poder de domínio ao exaltarmos suas canções!

A magia dos meninos de Guarulhos que marcaram e invadiram nossos corações nos anos 90, com a alegria que lhes era peculiar mostrando-nos uma nova forma de fazer música, influenciados por gêneros e personagens populares conquistando o país de uma forma meteórica atingindo assim de forma avassaladora ao público de todas as idades, etnias e classes sociais.

Os Mamonas transformavam bagunça em arte, desobediência em música. Eram ingênuas, boas dançantes com letras e rimas incríveis dentro do contexto que representam.

Falavam que "minha felicidade era um crediário nas lojas" ou versos de incrível genialidade como "quando estou no trabalho, não vejo a hora de descer do andaime e ver o Van daime" música bem brasileira com uma linguagem simples e de fácil compreensão.

Um retrato alegre do Brasil. Sua arte era prazer popular rock operário loucura e circo, pobreza e prazer.

A perseverança , paixão pela música e o sonho de vencer é uma lição de vida deixada para todos aqueles que almejam uma vida melhor, um mundo mais justo

Não devemos jamais desistir de nossos sonhos, canta Inocentes

Mamonas para sempre!

Sinopses 2011 - Arranco do Engenho de Dentro



Das águas de um rio caudaloso tua imagem na rede é trazida emanando luz ao povo brasileiro és padroeira Nossa Sra. Aparecida.

"Sou caipira, pira, porá, Nossa Senhora de Aparecida ilumina a mina escura e funda o trem da minha vida"

1º APLAUSO - MULHERES LENDÁRIAS, DAS MATAS E GUERREIRAS
És lenda e guardas mistério,
trazes a vida como parteira
seduzes com seu canto
és amazona e índia guerreira.
"Água dos igarapés, onde Iara, mãe d´ água, é misteriosa canção"

2º APLAUSO - MULHERES DO SEIO DA TERRA
Voz firme no palanque
morena de pele viçosa
pantaneira de beleza instigante
lapidas pedras preciosas.
"E um raio de sol nos teus cabelos, como um brilhante que partindo a luz explode em 7 cores revelando, então, os 7 mil amores que eu guardei somente pra te dar..."

3º APLAUSO - AS MULHERES E A FE EM SUAS RELIGIÕES
És rendeira e enfrentas espinhos.
Fazes das preces tua devoção.
Comandas águas e ventos fortes.
És sinhazinha em São João.
"Enfeita nossos sonhos, perfuma nossa ilusão. Flor da alma, me acalma, faz milagres em oração."

4º APLAUSO - AS MULHERES CULTIVAM E EXALTAM SUA BELEZA
Nos vinhedos cultivas a terra.
Borboleta revelando a beleza das terras geladas.
Lutas contra mortes inocentes.
Educas, dando futuro à criançada.
"Linda e sabe viver. Você é linda sim...onda do mar do amor que bateu em mim"

5º APLAUSO - MULHERES, AINDA GUERREIRAS, CONQUISTAM SUAS VITÓRIAS
És quituteira de mão cheia, quebras recordes e barreira social.
Brilhas na arte, ciência e cultura.
És eterna imagem do carnaval.
"Trabalha de janeiro a janeiro. Em fevereiro cai na delícia da folia"
Do úmido tanque ao teclado, da saia longa ao biquíni.
Superas tabus e preconceitos.
Passas de fora para dentro da vitrine
"Sexo frágil não foge à luta...Gata borralheira você é princesa. Dondoca é uma espécie em extinção."
És executiva e arquiteta
És ouro no podium e na vida
Diriges empresas e ônibus
Trabalhas em obras e pilotas carros de corrida

Sandro Gomes, Morgana Bastos e Walter Guilherme

Sinopses 2011 - Acadêmicos do Sossego



... E escuridão descia à face do abismo, quando o Deus eterno, que pairava ao semblante do nada determinou: Exista luz! E houve luz. A luz era boa, sagrada e divina; e então separou a luz da escuridão. Fez-se o dia, se fez a noite. Do início celestial a sua majestade, o Rei Sol, acabara de nascer! A partir de então uma corte sideral se fez. Nos confins do Universo, no sistema solar, nasceram as estrelas na expansão dos céus, para iluminar a terra e acompanhar, como guardiãs, o grande rei, nasceram os planetas para compor o clero divino do sistema solar, vieram os transnetunianos, como sacerdotes do paço imperial, as luas como condessas da noite e os asteróides como monarcas. Estava formada a realeza... A nobre corte no espaço negro e obscuro.

O Rei Sol, senhor de horizontes infinitos desceu místico para a Terra e encarnou-se à semelhança do homem como Deus e correu o mundo com diferentes nomes... Condecorado astro Rei, adorado, aclamado, o Senhor respeitado por quase todas as civilizações da antiguidade, cultuado nos quatro cantos do mundo, como o rei da vida. Quando o Sol encarnou na Grécia, Olimpo, morada dos mais belos deuses, se chamou Hélios que vagava nos céus em sua biga de fogo com cavalos sagrados. No império romano, o Sol encarnou como o Deus Febo, filho de Júpiter com Latona. Personificava a luz e era a mais bela divindade de Roma... Nas Cordilheiras dos Andes (montes Andinos), renasceu como Viracocha, divindade invisível, considerado como o esplendor original, o Senhor do Sol, Mestre do Mundo, sendo o primeiro Deus dos antigos Incas. Nas terras negras, nome do antigo Egito, o Sol, assume a divindade da natureza humana em um Deus zoomórfico chamado Rá, o principal ídolo da mitologia egípcia, um ser com cabeça de falcão conhecido como o deus do sol.

Sua majestade, o Sol, soberano e absoluto Rei celestial depois de descer à Terra e encarnar como Deus, se casa com a mãe Natureza e toma para si os ciclos naturais que governam a existência na Terra. Do casamento do Sol com a Natureza nascem quatro irmãos, que se tornam antigos espíritos do mundo. Dois deles se chamam Equinócios e governam o Outono e a Primavera, os outros dois se chamam Solstícios e imperam no inverno e no verão. Juntos determinam a roda do ano no calendário do sol. A vida humana passa então a girar em torno do grande rei que dá de presente para cada um de seus filhos uma Estação e se inicia a eterna dança entre as sementes do Outono e as flores da Primavera, o frio do Inverno e o calor do Verão...

O rei Sol existe há milênios. Nasceu da escuridão celeste, desceu à Terra como Deus, casou-se com a Natureza, concebeu filhos, (as Estações do ano) e hoje, na modernidade, é o grande Rei da alegria e tem adoradores por todo lugar. Na praia Ele é festejado e louvado, os guarda-sóis são templos, e os praieiros os seus seguidores. Nas micaretas e nos lindos blocos de rua do Rio de Janeiro, Ele é cantado e dançado, os abadás são a indumentária sagrada, a coreografia o rito santificado e a música o louvor. Todos saem na rua com a alegria do Sol. Os turistas que correm o mundo em busca do Sol, por fim, ressurgem como peregrinos em uma jornada de devotos em busca da alegria. Seus chapéus, roupas floridas e suas máquinas fotográficas, a exemplo, são ornamentos sacros. Tudo isso para reverenciar o grande Rei; a alegria.

O Sol nasceu para emanar luz aos quatro cantos do mundo e exterminar a escuridão da alma humana. Ele apaixona todo espírito quando desce ao entardecer em poente e renova toda esperança quando volta nascente no horizonte.

Salve o Sol! Sua majestade, o Rei Sol

Designer de Carnaval Fabianno Santana

Sinopses 2011 - Rosa de Ouro



A escola de samba Rosa de Ouro divulgou a sinopse do seu enredo do Carnaval 2011 "A chave do mistério", de autoria de Humberto Abrantes e Rogério Lima.

O tema vai focar a magia, desde os feiticeiros, passando pelos minerais até a magia das cores.

Confira o texto:

"A chave do mistério"

ABRACADABRA!

A MAGIA ESTA NO AR!
A CHAVE DO MISTÉRIO PRECISA SER DESVENDADA!

Suspense!
Emoção!
A sorte!
O Azar!
O bem e o mal!
Qual o mistério que envolve este fantástico mundo da Magia?

Primeiro Setor: A Magia da Sorte

Em tempos remotos os feiticeiros eram considerados curandeiros no seio das comunidades. Que mistério seria este?
Outro povo se destacava por sua ânsia de liberdade.
Qual o Mistério que envolve o povo cigano?
Que mistério é este que envolve este povo como o ar que ele respira? Da lua cheia retira a Magia da dança e da Música, da natureza a força e a energia.

E para Santa Sarah ele volta sua fé, seus pedidos e seus agradecimentos. A religiosidade faz parte da vida dos ciganos desde o nascimento até a morte e para poder cultuar seus santos sem serem vítimas dos preconceitos dos não ciganos é que eles costumavam se converter a religião dominante do local em que se estabeleciam.
Mas qual será o grande Mistério do povo cigano?

Por que um povo estabelecido numa terra rica e promissora, de repente, simplesmente levanta acampamento e, em levas, espalha-se pelo mundo, avesso a fronteiras e raízes de forma geral.
Qual a chave do Mistério dos filhos do vento?

Outro Mistério que nos acompanha são os Alquimistas. De onde teria surgido tal ciência que atraiu e fascinou tantos homens ilustres da antiguidade? Muito provavelmente já com o homem pré-histórico, observando sua fogueira e a forma como transformava madeira em cinzas, frio em calor, rochas em vidros. A História define como data provável do surgimento da Alquimia o período entre 300 a 1400 d.C. Os alquimistas eram homens que dominavam a metalurgia. Segundo algum historiador teria surgido no Egito Antigo e sua invenção atribuída a Hermes Trismegisto, inventor de todas as artes. Muitos povos praticavam a Alquimia. Em alguns países foi protegida e estimulada, no entanto em outros foi reprimida e perseguida.

A etimologia da palavra Alquimia é incerta, porém acreditava-se que derive do árabe AL KIMIYA, cujo significado é: ARTE MÁGICA EM TERRA NEGRA.

Os egípcios eram peritos em metais e acreditavam nos poderes mágicos de determinadas ligas metálicas. A principal meta da Alquimia é transformar metais vis em ouro. Que mistério é este???

SEGUNDO SETOR: A MAGIA DAS FORÇAS OCULTAS

Na sociedade indígena não existe Mistério maior que a figura do Pajé. Ele é o guia espiritual, uma mistura de sacerdote, feiticeiro com médico. Em certos casos o Pajé acumula também o cargo de chefe da tribo, não havendo, portanto cargo mais importante na sociedade indígena. Como médico possuiu a função de diagnosticar a doença e promover a cura com o auxílio de ervas e rituais denominados "Pajelança" que nada mais é do que uma Magia, um Feitiço, feito pelo Pajé. Como feiticeiro possui o conhecimento oculto para fazer poções e venenos.

Outra Magia, a do Fogo, pode ser assustadora, os resultados se manifestam de forma rápida e espetacular. O fogo é o elemento da mudança, vontade e paixão. Em certo sentido ele contém dentro dele todas as formas de magia e o processo de mudança. O fogo não é um elemento para os fracos, entretanto é o mais primal e por isso o mais usado. É o reino da sexualidade e da paixão. Ele não representa apenas o fogo sagrado do sexo, mas também a faísca de divindade que brilha dentro de nós e de todas as coisas vivas. Ele é ao mesmo tempo, o mais físico e o mais espiritual dos elementos. A natureza básica do fogo é ser purificante, destruidora, limpadora, energética, sexual e forte.

A Magia dos Orixás - O candomblé foi introduzido no Brasil pelos negros Iorubas, na Bahia. Basicamente é uma religião que cultua os orixás. Deuses associados às forças da natureza e sua liturgia é realizada no interior dos terreiros, também conhecidos como roças.
A Magia dos Mantras - O termo Mantra é de origem sânscrita e de certa forma podem ser considerados versos de algumas obras védicas usados para encantamentos e feitiços. Em essência não se trata propriamente de palavras de poder e sim de combinações de sons capazes de funcionar como suporte mágico para a mente. É o mais eficaz e poderoso agente mágico e a primeira das chaves para abrir a porta da comunicação entre os mortais e os imortais.

A Magia das Pedras - Todo mago tem suas pedras de poder as quais recorre com freqüência durante seus ritos de magia, usando-as como auxiliares energéticos ou elementos mágicos, materiais capazes de realizar certas ações específicas. Os magos as usavam, e ainda usam, como poderosos irradiadores de energias, capazes de anular magias negativas. Do ponto de vista energético as pedras são na verdade, ferramentas mágicas que podem ajudar a humanidade a retomar o caminho da saúde, do bem estar e da vida plena.

A Magia da Ilusão - Não há dúvida de que desde os primórdios, a magia desempenhou para o homem um papel importantíssimo, usada por uns, receada por outros até chegar a ser fonte de prazer e diversão. Hoje ninguém crê que o mágico possa realmente serrar uma mulher ao meio, fazer aparecer uma pomba de um simples lenço, oferecer uma rosa surgida do nada, no entanto presenciamos este fato com naturalidade. É assim que os feiticeiros dos nossos dias ganham em continuar o caminho de seus antepassados. É assim que o milagre se realiza finalmente. E é assim, mesmo sabendo que não passa de um truque ficamos fascinados com o milagre da ilusão.


TERCEIRO SETOR: A MAGIA DAS CORES.

Cor é vibração!
As sete cores do espectro vibram em freqüências diferentes. As cores exercem influência sobre as pessoas, física, mental, emocional e espiritualmente. A partir de seus centros energéticos (chakras), cada pessoa possui uma combinação de cores que a envolve. Pessoas sensitivas conseguem perceber a cor que emana das outras.
Quando um dos chakras brilha com mais intensidade, os demais têm a tendência de assumir esta mesma cor havendo assim sempre a predominância de uma delas. Todos nós somos orientados por uma cor. De acordo com esta cor predominante as pessoas podem se apresentar de maneiras diferentes.

A Magia do Vermelho - O vermelho é uma cor quente e incita as pessoas a fazer coisas. É a cor do chakra sexual, fonte da potencialidade humana. As pessoas vermelhas podem ser corajosas, impulsivas e rebeldes e utiliza toda sua energia na conquista de seus desejos. Usamos o vermelho para as magias envolvendo amor.
A Magia do Laranja - A cor laranja tem a ver com movimentação e pressa. É a cor da adolescência, pois é comum servir de base para decoração de ambientes jovens. As pessoas alaranjadas são sociáveis e gostam de festas. Magias para estimular a criatividade.

A Magia do Amarelo - As pessoas amarelas são ligadas a atividades intelectuais, pois vivem estudando. Encaram a vida de maneira prática e objetiva e tendem a ignorar o corpo. Sempre acham o jeito de ganhar dinheiro. O amarelo é a cor do sol. Magias de cura e desenvolvimento dos poderes psíquicos.

A Magia do verde - As pessoas desta cor dão valor à natureza e tem afinidade com as plantas. O verde é a mistura do azul com o amarelo. Assim, a mente funciona bem e elas são capazes de ouvir os outros. Quanto mais luminoso o verde maior será a disposição de trabalhar com outras pessoas. Magias para atrair dinheiro, fertilidade.

A Magia do Azul Claro - As pessoas de cor azul claro são reservadas e tem grande senso de observação. São contemplativas e dão muito valor a pequenos detalhes. Mesmo sendo meio bagunceiras gostam de se sentir num ambiente organizado. Magia para trazer tranqüilidade para o lar.

A Magia do Azul Escuro - As pessoas de cor azul marinho são inclinadas para atividades de ajuda ao próximo, principalmente aquelas ligadas à cura. Dotadas de uma grande calma interior são mais atraídas por práticas que se refiram com seu lado mais interior. Magia para garantir estabilidade no emprego.

A Magia do Violeta - O violeta resulta da mistura do vermelho com o azul. Sendo maior a quantidade de vermelho a expressão tende mais a sexualidade. Sendo maior a quantidade de azul a expressão vai para a sensibilidade e sensitividade. As pessoas de cor violeta precisam de amor e de admiração. São sensíveis e gostam de expressar a sensibilidade de maneiras diversas, principalmente pela música e artes plásticas. Apreciam coisas bonitas, tem que estar sempre criando, mas se não tem a capacidade de criar, sabem apreciar a arte. Magia para cura física e espiritual.

E para desvendar A Chave dos Mistérios de tantas Magias o Grêmio Recreativo Escola de Samba Rosa de Ouro traz para a Estrada Intendente Magalhães em seu carnaval 2011 "A Magia do Carnaval".
Sua Empolgação, Sua Comunidade, sua Alegria, sua vontade de transformar o sonho de vencer o carnaval em realidade.
Entretanto como aprendemos em Magia:

"... nada se cria através do nada".
O Nosso componente:
"Praticante da Magia do Carnaval"
...tem um sacrifício a cumprir:
"O Sentimento Mágico de Amor ao nosso Pavilhão"
Que
"A Chave do Mistério"
...Seja desvendada!
Que a Magia do Carnaval se concretize!
E que nos transporte a uma nova Era!
Rosa de Ouro 2011!

Presidente de Honra - Marcos Falcon
Presidente ADM - Hélio José (Julinho)

Carnavalescos: Humberto Abrantes e Rogério Lima