
O ano de 2006 proporcionou uma excelente safra por parte das escolas de São Paulo, com muitos sambas marcantes e agradáveis de ouvir. A maioria das obras tem algum tipo de destaque, seja em letra ou melodia, o que contribui para que a safra, no geral, seja bastante qualificada e original. Apesar de haver muitos bons sambas, três conseguem alinhar com perfeição letra e melodia, fazendo com que se sobressaiam perante os demais. A Mocidade Alegre, com um enredo sobre o Rio São Francisco, apresentou um samba bem melodioso mas acelerado, bem aos moldes das composições paulistanas. Um samba muito poético e forte que tratava do enredo com uma visão mais mística. A Rosas de Ouro, falando sobre a diáspora africana, conseguiu produzir uma obra adequada ao enredo, dolente e pra baixo. A letra do samba é muito bonita e a melodia tem excelentes variações. E o melhor samba do ano foi da Mancha Verde. Com um enredo sobre as injustição cometidas na história da humanidade, a escola da torcida do Palmeiras desfilou ao som de seu melhor samba-enredo, de letra e melodia excepcionais. Samba antológico da Mancha, que também fez um desfile muito bonito.
MOCIDADE ALEGRE - 2006
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