quinta-feira, 10 de maio de 2012

Desfiles 2012 - Imperatriz Leopoldinense



A Imperatriz fez um lindo desfile, prejudicado pelos problemas em alegorias, que acabaram comprometendo a evolução e o conjunto, e a já famosa falta de canto de seus componentes. A péssima colocação da agremiação, décimo lugar, ainda saiu barato diante dos erros cometidos. Plasticamente, sobretudo em alegorias, a escola veio muito bonita. O samba não tinha uma letra muito boa tecnicamente, apesar de poética, mas funcionou bem. No entanto, a Imperatriz segue sem fazer um desfile convincente.

COMISSÃO DE FRENTE: Excelente, segunda melhor do Especial. Com coreografia bem feita e impactante, abriu bem o desfile da verde e branco. A utilização do carrossel, pertencente ao livro "Capitães da Areia", foi uma ótima sacada.

ALEGORIAS E ADEREÇOS: Muito bonito o conjunto alegórico da Imperatriz. Uma pena o problema do último carro, onde uma das casas que o compunham afundou. Apesar de pequenos, todos estavam bem acabados e com muitos detalhes. Detalhe para a imensa baiana do quarto carro, que se movia de acordo com o andar da alegoria. A escultura de Xangô, na sexta composição, também estava muito bonita.

FANTASIAS: Sem muito luxo, mas estavam bem feitas. Porém, algumas alas deixaram a desejar. Em certas fantasias foi escrito o nome do que representavam, como na ala do livro "Gabriela", quando o nome da personagem vinha na ombreira. Um artifício que empobrece o conjunto, já que não proporciona uma solução criativa para a fantasia, que deixe implícito o seu significado e, ao mesmo tempo, facilite seu entendimento. Destaque para as baianas, que, diferente do que fez a Portela, vieram fantasiadas de baianas mesmo e como personagens importantes do enredo, no setor da lavagem do Bonfim.

ENREDO: O desenvolvimento do enredo acabou dando mais destaque à Bahia do que a Jorge Amado. Claro que é impossível desvincula-los, mas a história de vida do escritor e suas obras acabaram compactados demais e pouco explorados.

SAMBA-ENREDO: Por culpa do enredo, acabou dando mais foco à Bahia. Jorge Amado é meramente citado, sem uma abordagem mais profunda. Tem uma letra muito bonita e poética, apesar do refrão ser "oba-oba". Muito vibrante, funcionou bem para o desfile.

HARMONIA: Um dos calcanhares de Aquiles da escola. Poucas foram as alas que cantaram. Conhecida por trazer muitos componentes de fora da comunidade, a Imperatriz acaba sacrificando os quesitos técnicos e perdendo pontos muito importantes na apuração.

EVOLUÇÃO: Outro ponto fraco da agremiação. Muitas alas passaram mortas, com componentes mais preocupados em aparecer nas câmeras do que em cantar e evoluir. Em certos momentos, buracos foram abertos ao longo do desfile, provavelmente devido ao problema com alegorias na concentração.

CONJUNTO: Visualmente linda, a escola só se prejudicou nos quesitos técnicos e devido ao problema com a última alegoria, o que também acabou gerando buracos. Marcante a utilização de cores no desfile. Samba contagiante que, infelizmente, não foi muito cantado.

MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA: Fizeram uma apresentação pouco fluente e um pouco insegura. A coreografia era muito pausada, pouco coesa. A fantasia era colorida demais, gerando certa poluição visual.

BATERIA: Como jé é de costume, fez uma excelente apresentação. Destaque para os timbais. Com muitas e bem executadas paradinhas, a Swing da Leopoldina foi um dos pontos altos do desfile.

Um comentário:

  1. André vc está de parabens , pelas suas postagens neste blog , eu gostaria de pedir q vc postasse os desfiles com disponibilidade para baixar os desfile tanto do acesso , quanto do especial e postagens tmb sobre a viradouro desde já obrigado parabens continue com esse belissimo trabalho

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