sábado, 11 de junho de 2011

Sinopses 2012 - Inocentes de Belford Roxo


"Este enredo é a junção de vozes que ao longo do tempo ecoaram dispersas. Ao ouvir um sussurrar suave percebe-se a voz da história como um canto que projeta o um País, rico e exuberante envolvido em sua pluralidade. Algumas visões culturais especificas sobre a formação do Brasil e seus Brasis. Ergue-se então um contracanto que é a polifonia da história com as vozes do povo, os descendentes dos índios Jacutingas enraizados a margem do Rio Sarapuí.

E assim as vozes destes homens simples se juntam com as, dos Guaikurus dos Guatós e todos iram defender e fazer tremular um pavilhão de cores; vermelho, branco e azul, inspirados no urucum jenipapo e calcário. E o canto que regi é o gritar do Jaburu - que resume arremata e faz culminar um estandarte natural de ironia alegria e festa, compondo assim a "sinfonia da natureza".

Cada voz é uma importante contribuição para esta grande orquestração. Iremos compor um mosaico e gerar mais uma releitura desta aldeia chamada Brasil.

Apresentaremos no libreto uma narrativa "maravilhosa" que vai navegando entre o lírico e o rasteiro. Inserindo assim uma cor especifica a este "livro de figuras".

Esta opera é uma espécie caleidoscópica da vigorosa tradição musical e folclórica brasileira, tornando-se um contundente retrato da "Alma Nacional". "A partitura será apresentada feito uma singela pintura de um ‘rio de fantasia" no qual desaguam: paisagens, sonhos, lendas, folclores e tradições...

A rapsódia verde amarela de lugar distante

Sou o sagrado coração da terra

A fauna, flora, e lendas. E também cacique dos índios cavaleiros

Trago as cores e a exuberância das riquezas naturais

Sendo Lagoa e mar de Xarayes

Tenho a Fonte nascente... Vida e rio afluente, raízes e frutos da ambição.

Sinto um leve sabor de fruta retirado das mangabeiras, e o perfume das flores abertas.

Passados de lembranças e sonhos de futuros

O emergir e o desaparecer

A transformação à margem do Rio Paraguai

E o Forte de Nossa senhora da Conceição

O fogo- e as cinzas da historia.

O Porto e o progresso de um povoado coberto de musgo. E das Ruinas que dão arvores; vejo a vila, a beleza e a epidemia.

Defendo as cores pátria na Figura de Tamanduá bandeira,... Comendo formigas e cupins

Tal qual Homem da guerra; sou tenente, raposa, coronel, coiote e Tamandaré.

Sou gavião caramujeiro devorando aruás. Sangue mais denso que agua

A arte plumária me faz

Um Senhor da liberdade

Que deita com a lua

Diante do passar dos séculos.

Agora me sinto estrela e um sonho indecente, Deixando apenas os grafismos para inspiração.

E Na lavagem do São João, misturo o sagrado e o profano.

Sendo Marinheiro, mestiço, pantaneiro. ...Toco "Índia" da Guarânia, e danço polca.

Sou "prenda". Sou "prata".

Idealizado de brasileiro da fronteira.

Na Minha "estrada de ferro" danço com a morte e a jazida e frágil e forte.

Vejo a Chalana... E sinto a brisa

E tal qual homem do verso de Manoel de Barros sou a continuação das aguas reviradas pelo minhocuçu.

E Ao silencio do por do sol

Sinto o vento embaixo das saias ao som do rasqueado

Será que sou o que seria?

... Sim! Um ser inocente, porém valente, inzoneiro que revela o carnaval. E também símbolo de paz sobre dois corações.

Represento harmonia e conexão confluente entre a cidade branca e a cidade do amor.

Danço no Chão da morena trigueira ao som do cavaco e da viola de cocho. E a minha poesia me faz irmão do povo melodia e mensageiro de écos que retumbam no ar;

"Vale a pena preservar"

Meu nome é Tupi - Guaikuru, amigo de Peri, neto de Caramuru, sou Juruna, Galdino, Maria, Iracema, Jorge, João, Paulo, sou Cererê e Raoni.

A fantasia é um velho mistério e tesouro guardados dentro cada um de nós

Sou Belford Roxo, Corumbá - sou Macunaíma - sou brasileiro.

"Mim" só quer brincar

Abram - alas que eu vou chacoalhar... "

COMENTÁRIO: O texto é um pouco confuso, com frases soltas e sem conexão direta. Talvez uma tentativa de dar a um enredo simples sobre uma cidade ares mais densos, parecido com o que faz a Beija-Flor. Particularmente achei interessante as imagens sugeridas, apesar de Corumbá não ter muito sua razão de ser enredo. Parece uma escolha meio aleatória fazer um desfile sobre a cidade, já que ela não está fazendo aniversário nem nada do tipo. Por outro lado, justamente por ser um lugar não muito conhecido, pode ser interessante pois proporcionará novidades na Sapucaí. Depois de alguns enredos duvidosos e "trashs", a Inocentes volta a apresentar uma temática indígena, da mesma forma que fez em 2008 com "Ewe - a cura vem da floresta", que lhe valeu o campeonato do grupo B e ascensão ao A. Se seguir o estilo da sinopse, o samba deverá sem bem poético, algo que a escola não fez desde que subiu. Aliás, a Inocentes ainda não conseguiu se apresentar de forma convincente no grupo A, mesmo com o vice-campeonato de 2010. Pode ser uma boa oportunidade.

Um comentário:

  1. Prezados,
    Com toda a certeza o enredo será bem desenvolvido na Marques, sou Corumbaense e estou morando no Rio a dois anos. Acho que Corumbá tem história entre elas "as famosas sandálisa de Frei Mariano", Guerra do Paraguai e etc...Existe muitas histórias para contar é só pesquisar.

    att
    Fábio Paz
    fabior.paz@uol.com.br

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