
Desde o ano passado a Caprichosos tenta retomar sua identidade. Conhecida pelos desfiles críticos e irreverentes, esta característica da escola havia sido deixada de lado há algum tempo. No último desfile reeditou o antológico "E por falar em saudade..." e sacudiu a Avenida apesar de visualmente não ter ido tão bem. Para conseguir a sonhada volta ao grupo Especial, onde não desfile desde o rebaixamento em 2006, a Caprichosos apresentará ano que vem um enredo sobre o subúrbio carioca e as pessoas que vivem lá. Toda a dificuldade da vida dos suburbanos, bem como elementos de seu cotidiano, estarão na Sapucaí no sábado de carnaval. A aproximação com o público é certa e a Caprichosos aposta nisso.
A safra da escola é muito boa. Os sambas lembram as obras mais antigas da escola, com muitos protestos, expressões engraçadas e melodias empolgantes. Todos são bastante animados, o que seria praticamente regra na disputa da escola que encerra os desfiles, ainda mais sendo a Caprichosos. O que falta à agremiação é superar a falta de estética que a prejudicou em 2010. De resto, depende apenas de si mesma para fazer bonito e retornar à elite. Como já dito, será a última escola a desfilar, encerrando o grupo de Acesso A em 2011.
O samba de
Aurelio Proença, Paulo Apparicio, Mário Gordo e Bira Crioulo é um dos mais extensos e de melodia mais pesada, mas que não deixa de ser animada. Possui várias sacadas muito interessantes na letra que, como a de todos, é bastante irreverente. Mas também possui partes muito bonitas e que, como as demais obras, mexem com o sentimento das pessoas que se identificam com o enredo. O refrão principal poderia ser um pouco mais explosivo.
Adoro esse samba!!
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