
A safra paulistana de 2007 parece um pouco com a de 2006 do Rio. Todos os sambas são nivelados, com alguns se destacando mais que os outros, mas sem nenhuma obra ruim. Todas são "audíveis" e a maioria é, inclusive, bastante agradável. Como um todo, os sambas paulistanos chegam ao ápice da verdadeira revolução qualitativa que se iniciou na década passada, mantendo o nível nos anos seguintes.
Os destaques começam pela campeã de 2007, Mocidade Alegre, que conseguiu um excelente samba, de ótima letra e melodia muito original, para o enredo sobre o riso. Destaque melódico para o refrão do meio e em letra para o começo da segunda parte, que talvez seja um dos melhores momentos textuais da história carnavalesca paulista. A Vila Maria também veio com uma das melhores composições de sua safra e pela primeira vez disputou o título com chances reais de vitória. O enredo sobre Cubatão, aparentemente sem grandes projeções, rendeu um sambaço à escola, só não sendo melhor que o de 2008. E por fim, a até então bicampeã Império de Casa Verde não conseguiu o tri, mas apresentou mais uma composição extraordinária ao falar dos impérios da história. Apesar da longa letra, o samba não é cansativo e possui uma melodia de variações muito boas, como é característica da escola. Além desses, também são destaques na safra de 2007 os sambas de Pérola Negra, Imperador do Ipiranga, Águia de Ouro e Vai-Vai.
MOCIDADE ALEGRE - 2007
Realmente, a década de 2000 foi muito bacana em SP! Sambas excelentes e emocionantes!
ResponderExcluiro da império é fodástico
ResponderExcluir