Como era de se esperar, o enredo patrocinado pela Danone sobre o leite e seus derivados, com foco no iogurte, não rendeu. A safra da Porto da Pedra é bem fraca, fruto de uma sinopse pouco inspiradora. Não faltaram tentativas de trocadilhos com o nome do patrocinador, como "Porto da Pedra dá o nome", além dos verbos "amamentar" e "mamar". Contar o enredo com beleza poética era uma tarefa quase impossível, e não há um único samba sem pelo menos um trecho de gosto duvidoso. Alem do verso "Iogurte é leite, tem saúde e muito mais", que, provavelmente, foi uma exigência do patrocinador, pois aparece em todas as obras. Um ou outro samba conseguiu uma letra elaborada, mas mesmo assim é notória a falta de carnavalização e poetização do enredo. Foi uma opção da escola. Se vai dar certo ou não, é outra história. E que consequências isto pode ter para o Carnaval também.
RESUMINDO: A Porto da Pedra não tem uma safra de sambas-enredo, tem uma safra de jingles comerciais.
Abaixo, os três melhores sambas da safra da Porto da Pedra, na opinião do Carnaval de Avenida.
O samba de
Bira, Daniel Katar, Diego Ferreiro, Porkinho, Robinho, Sapinho e Vinicius Amaral se salva pela boa e animada melodia, pois a letra é muito pobre e sem beleza poética. Se sobressai perante os demais quando não se observa suas características técnicas.
Parabéns aos compositores do último samba. Enredo difícil de assimilar poesias, mas essa tarefa foi cumprida por eles. Não me agradou muito o rítimo, mas também não há nada ruim, muito pelo contrário. Acho que é um bom samba sim. Na medida do possível, literalmente, eles tiraram "leite de pedra".
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