
A Villa Rica é de Copacabana. Foi fundada em março de 1966 e sua quadra se localiza na Ladeira dos Tabajaras. No começo era um bloco, que depois de fazer muito sucesso transformou-se em escola de samba. Seu primeiro desfile foi em 1991, com o enredo "Tres raças e eterna coroação do Momo". E o começo da escola foi fantástico. Depois de vários acessos consecutivos, a agremiação chegou ao grupo Especial, apenas cinco anos depois de ingressar no carnaval. Pena que a permanência na elite durou pouco. Foi rebaixada em último lugar no carnaval de 1995 e nunca mais voltou ao grupo principal. E ainda ficou marcada por desfilar com um samba que muita gente considera um dos piores que já passou na Avenida.
O famoso "Deu pano pra manga", na minha opinião, não é ruim. Possui seus defeitos mas é animado e gostoso de ouvir. Tem uma melodia agradável e uma letra que não compromete muito. Seu refrão principal, "Na teia da aranha eu tô, na lã que te dá calor..." é rotulado como "trash" mas acho exagero. E é um trecho que não sai da cabeça depois de ser ouvido.
Depois de sua passagem no Especial, a Villa Rica transitou entre os grupos A e B, até que em 2004 caiu para o C e chegou a estar no E em 2009. Mas também ficou pouco tempo por lá, apenas um ano. Voltou para o D em 2010 e já saiu, pois conseguiu o vice-campeonato, com o enredo "As grandes conquistas da humanidade", e estará novamente no grupo C, atual RJ2, em 2011.
Encontrei o áudio de dez sambas da escola. E no geral são todos muito bons. Além do já comentado histórico (acho que pode ser chamado assim) samba de 1995, também se destacam os sambas de 2000, "Coração de três raças", e o de 2002, "Sou Rio , Sou Grande , Sou Villa Rica do Norte". Fora esses, dois sambas competiram pelo posto de destaque da escola: os de 1999 e 2007. O de 99 homenageia Sargentelli, com o enredo "Sargentelli, lenda viva do Ziriguidum". Samba forte, de melodia imponente e letra bem construída apesar de simples.
O melhor, pelo menos dentre os disponíveis, é o de 2007. "Carukango" conta a história do guerreiro e feiticeiro que se transformou em rio. Samba expressivo, de belíssima melodia e letra poética, que conta bem o enredo. Pena que o desfile não tenha sido bom, resultando no rebaixamento da Villa Rica para o grupo D. Mas a escola não vivia um bom momento na época. Agora já se recuperou e busca retornar à Sapucaí, onde não pisa há seis anos.
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